Poucas coisas causam mais debate e confusão do que mulheres e trabalho. É inegável que depois da Revolução Industrial nossa cultura valoriza a esfera pública (o mercado) e recompensa as realizações profissionais. O artista J. Howard Miller produziu o famoso pôster de uma mulher de lenço vermelho nos cabelos mostrando o braço musculoso como forma de incentivo ao trabalho feminino para a fábrica Westinghouse Electric & Manufacturing Company.
Embora exibido apenas brevemente nas fábricas da Westinghouse, em 1942, o pôster no ano seguinte se tornou um dos ícones mais famosos da Segunda Guerra Mundial e, posteriormente, voltou com força total como símbolo do empoderamento feminino e do movimento feminista. Voltemos um pouco no tempo, cerca de 400 anos atrás, para falar de Catarina von Bora, esposa de Martinho Lutero, considerada a primeira-dama da Reforma. Eles se casaram em 1525, quando Catarina tinha 26 anos. Uma mulher forte e com vontade própria, ela permaneceria desconhecida para nós se não fosse por seu marido. Ao contrário de outras mulheres notáveis da Reforma, sua vocação principal não estava relacionada ao ministério. Ela era fazendeira (criava gados e cavalos), apicultora, agricultora, cozinheira, enfermeira, produzia cerveja e mãe de seis filhos.
Ufa! Cansou aí? Parece tão moderna, né? Só não era, a princípio, “mãetorista” (entendedores entenderão). Um modelo de uma pessoa produtiva e frutífera. Só que com um detalhe: tudo isso ocorrida dentro do lar! Em muitos aspectos, Catarina era uma mulher moderna - uma mulher enxuta ou uma versão moderna de uma mulher de Provérbios 31. Sua voz ecoa entre mulheres modernas, esposas e mães que criaram suas próprias carreiras. Como, então, as mulheres cristãs devem medir o sucesso?
Precisamos sempre lembrar que somos administradores de tudo o que recebemos e que precisaremos dar conta de como administramos o que nos foi dado. Somos administradores dos nossos relacionamentos, tempo, talento, recursos, oportunidades, capacidades e habilidades de trabalho. Podemos trabalhar em profissões altamente conceituadas ou podemos nem ser pagos. Esses papéis não são nossas identidades finais. Podemos ser esposas ou mães, mas por mais importante que sejam esses papéis, são papéis que terminam nesta vida.
Continuamos na eternidade como filhos de Deus e irmãs daqueles que foram resgatados por Cristo. Portanto, nosso trabalho é multiplicar tudo o que nos foi dado para a glória de Deus. Pode haver épocas em que esse trabalho seja investido com foco total em casa. Pode haver épocas em que esse trabalho seja investido fora de casa. Precisamos pensar em todas as esferas da vida de uma mulher para que possamos considerar em oração qual estação requer qual foco. Feliz Dia das Mulheres! Marque duas mulheres nos comentários para ler esse texto. #diadamulher #feminino #feminilidade #mulher #vidacrista
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